quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Hoje fui para uma escola nova. Não gostei muito, apesar de ter duas pessoas que andaram comigo o dia inteiro, elas não se enquadra nem um bocadinho no meu perfil. São muito senhoras, e não brincam da mesma maneira que eu com as minhas antigas colegas. A escola é demasiado diferente da minha antiga para me enquadrar aos parâmetros da escola no 1º dia. Os rapazes também mudam muito dos da minha outra turma. São diferentes, têm um modo de estar na sala de  aula diferente... Hoje quando vinha para casa, a pessoa com quem eu passei o dia, ia á minha frente, e olhou para trás e não me ligou nenhuma, eu com as minhas outras colegas era diferente, íamos todos juntos, fazíamos palhaçadas... Estou a ver que vou ter de mudar os meus hábitos escolares e não me apetecia nada.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Agora tem estado tudo bem, mas eu penso que não vale a pena contar o resto do meu passado, com estas histórias já percebem que foi dificil. Hoje a minha mãe foi com o meu irmão á universidade fazer a matricula para este ano e arranjar tudo para ele ir. Mas descobriu que ele tinha deixado para trás 2 cadeiras, eu não vi a reacção dela e ainda bem. Mas de resto está tudo bem. Ela de vez em quando, manda-me umas palavras que eu não gosto. Manda-me foder, manda-me para o caralho, e chama-me nomes, eu não gosto disso, aliás, acho que ninguém gosta. A minha mãe foi tratada assim, mas se gosta dos filhos não os tem que fazer sofrer com essas palavras que magoam mais do que uma palmada de vez em quando. Se os filhos a tratam bem, ela devia de pensar que a mãe dela ao fazer isso, estava errado e que se ela continua a fazer que também ela está errada. Claro que com ela foi bem pior, mas eu quand desabafo com a minha tia, ela diz que tbm passou e não é por isso que vai fazer aos filhos dela, e tem razão. Por mais defeitos que ela tenha, não trata mal os filhos, porque se foi ela que os fez, tem que os cuidar de maneira a que os filhos não guardem raiva da mãe, ela faz para que os filhos não tenham medo dela, que desabafem tudo com ela... A minha mãe não, a minha mãe, não se pode desabafar com ela, quando eu lhe conto o que se passou diariamente na escola ela não quer saber, todos os pais quando os filhos chegam a casa perguntam se a escola correu bem, que querem um beijinho, como o meu pai faz, a minha mãe é totalmente diferente, não quer beijos, não se preocupa comigo... Eu já tentei fugir de casa, já tentei matar-me mas ía fazer sofrer o meu pai e o meu irmão. Nós quando viemos de férias do algarve passamos por Fátima e o meu tio comprou uma lembrança para a mãe dele e a minha mãe disse que não gostava de nada daquilo. Então, eu fui comprar um livrinho com orações e um terço para o meu pai e para o meu irmão, que tinha mesmo a dizer pai e o outro livro dizia irmão. E não comprei para ela, e depois disse-lhe:
-Não gostas destas coisas, então tbm não ía gastar o meu dinheiro contigo.- e ela respondeu-me:
-Óh Fabiana, eu disse que não gostava daquelas lembranças, não disse desses livros.
Mas assim, fiz-lhe ver as coisas como realmente elas são.

sábado, 8 de setembro de 2012

Por enquanto não tem acontecido nada mas ainda não contei todas as histórias do meu passado, e se quero escrever histórias sobre o presente, têm de saber o meu passado. Então aqui vai mais um dos meus piores dias: Numa sexta-feira, o meu irmão estava mal e eu nesse dia tinha ido para a escola. O dia para mim corrreu bem mas aqui em casa, o ambiente estava pesado. Quando eu cheguei a casa a minha mãe mandou-me ir para a minha tia porque o meu irmão tinha desaparecido, ou seja, ele tinha fugido de casa. A minha tia teve-me a explicar o que se tinha passado e disse que os meus pais o tinham trancado no quarto sem calçado, sem nada para ele não fugir de casa, mas fizeram pior. Fizeram com que ele ficasse perturbado. A minha mãe de vez em quando ía ao quarto para ver se estava tudo bem e ele estava com uma camisola preta e com o carapuço na cabeça virado para a varanda, a minha mãe não ligou nada. Quando a madrinha dele veio cá a casa visita-lo a minha mãe disse-me que ele estava no quarto e a madrinha do meu irmão deslocou-se até ao quarto e não o encontrou. Ela foi dizer á minha mãe e elas procuraram na casa toda mas não o encontraram e reparam que a janela do quarto estava aberta. A minha mãe só não tinha percebido com que sapatos é que ele tinha ido, mas quando a minha tia me disse isso, eu respondi que ele tinha ido com os sapatos do pai, porque o meu pai tinha uns sapatos o quarto dele. A minha prima quando saiu do trabalho também foi á procura dele com a minha mãe e foram elas que o encontraram. Ele estava com um amigo que também era toxicodependente. A minha mãe naquele momento ficou muito nervosa e agarrou numa pedra para mandar ao amigo dele mas a minha prima agarrou-a e não a deixou fazer isso. A minha prima disse para eles entrarem dentro do carro e eles entraram mas depois aquela pessoa que estava acompanhada pelo meu irmão disse para ela parar o carro e para o deixar sair e como ela não sabia do que ele era capaz deixou-o ir. Quando eles chegaram a casa a minha mãe ligou á minha tia a dizer que ele já estava em casa, eu fiquei super aliviada. Quando fui para casa estavam a desinfectar uma ferida que ele tinha feito na cabeça quando se atirou da janela. Esta foi mais um dos meus piores momentos.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O meu irmão foi toxicodependente, não sei se ainda é, não sei mesmo. Mas na altura em que ele andava mal com a droga, eu vivi os meus piores dias. Uma vez eu estava sozinha em casa com ele e a minha mãe tinha ido trabalhar, ele andava sempre com o telemóvel e a mandar mensagens, depois subiu a minha casa uma pessoa que ele abriu a porta e me disse que o rapaz tinha vindo a nossa casa para lhe esclarecer umas dúvidas de uns exames e na verdade não era. eu ouvi o rapaz a mexer em prata mas não lhe vi a cara porque ele não entrou, apenas ficou á porta. eu não sabia o que fazer, tinha medo que o meu irmão fizesse alguma coisa e decidi não chamar a minha mãe. Mas sabia que ele se estava a drogar, porque ouvia-o a clicar no isqueiro. Passado um pouco, eu estava a chorar na varanda e ele apareceu, fiquei com tanto medo…ele estava leve e não se conseguia equilibrar, começou a falar para mim de modo brincadeira e eu virei a cara e não aguentei conter-me e as lágrimas caíram-me pelo rosto abaixo, ele depois viu-me a chorar e foi para o quarto. Quando a minha mãe chegou do trabalho, foi ao quarto dele e cheirou-lhe mal (a droga) e levantou o estore do quarto, de repente viu lá a prata queimada e foi um desastre, chamou de caminho o meu pai e bateu tanto, mas tanto no meu irmão! Eu apenas gritava, e pedia-lhe para parar. Como podem ver a minha vida não era fácil. Mas a minha antiga vida não continua por aqui, fiquem atentos porque irei contar muitas mais histórias.

A minha vida escrita

Olá, sou a F. A minha vida é um pouco complicada, e na verdade nem sempre posso desabafar com alguém, então decidi criar este blog para poder também conseguir aliviar o meu coração, não é a mesma coisa como estar a falar pessoalmente com uma pessoa, mas sinto-me bem ao escrever o que se passa.